Percebi meu gosto pelo inalcançável quando te conheci. Meu gosto me levou a você, por ser exatamente você, por ter tudo que eu sempre procurei em alguém, seja o que for que eu procurava, eu encontrei. Mas tem um problema, eu não vou assumir isso nunca. E nunca diga nunca não se aplica, não aqui. Nada vai me levar a você, nada vai ser pronunciado em tua ausência ou presença, simplesmente não vai ser. E o porquê? Medo. Tem coisas que a gente sente, sabe e entende que não foram feitas pra acontecer. Tirando que vamos ser julgados, se chegarmos a ser (claro). E se não for? Arrependimento. E se não der certo? Mais arrependimento. E se eu sentir falta? Sofrer de saudade. Compreendido? Pode dar tudo errado, pode dar tudo certo. Poder ser julgado, pode não ser. Posso sofrer de saudade, posso esquecer. Qual a certeza? Arriscar, não me peça pra arriscar, me falta coragem pra tentar. São mil consequências tentando ser mastigadas por uma palavra, tenta. Tentar colocar tudo pra fora? Dizer bem assim, ei, hm, ar, er, to gaguejando, desculpa, mas é que te amo. E o que pode virar? Nunca tentei, não sei se doi, se vale a pena ou se diverte. Eu sei que quero ser feliz, quero te ter feliz comigo, mas já ficou até repetitivo de dizer que não sei fazer certas coisas. Ninguém em bom em tudo. Ou se tratando de mim, em nada. Mas é você... Diferente né? Parece que se eu for esperar passar, vai demorar mais que das outras vezes. Quem sabe, assim, sem certeza, se eu tentasse? "Faz, ver no que vai dar.. E se der, aproveita o que durar. Se não durar, fez." Fiquei no clima da mudança, em fim, no clima de querer ter você só pra mim. E se tudo tem uma consequência, aceito a condição, só não vou em tua casa lhe dizer tudo isso agora pois são 3:20 da manhã e estou de pijama, deixa pra amanhã ou pra depois de amanhã né? É, ou deixa até pra lá..
Odeio me sentir dependente de alguém. Odeio. Chame do que quiser. Eu chamo de quase amor. Sentir falta realmente era algo que prometi a mim mesma que seria riscado do meu vocabulário e que minha boca nunca mais ia pronunciar tais palavras, mas a falta que você me faz é maior que promessas. Chega a ser impressionante como essa tua voz consegue mexer comigo, ah, e se fosse só comigo, mas você inventa de mexer com meu coração e dai me guia pra qualquer lugar embalada na tua voz. Percebe quanto me tornei dependente de você? De você e desse amor de passado, de passado mesmo, que não tem pé nem cabeça, não adianta voltar, terminar ou continuar, não leva a lugar nenhum. Nunca fomos a lugar nenhum, nem iremos. Mas amor não falta, sobra, extravasa. Você longe, perto, qualquer que seja tua direção, meu rumo vai ser você e o teu rumo vai ser eu.
- Você optou por deixar que acabasse assim, você optou pelo esquecimento, por todas as más lembranças,  você optou. A culpa foi sua, não minha.
Tipico fim de relacionamento, aposto que muitos concordam em gênero, número e grau. Mas porque? É uma grande questão. As pessoas não sabem lidar com os términos, com os resquícios de sentimento que ficam, oh se ficam. Mas a raiva maior em um fim de relacionamento é a falta, a raiva de sentir que o coração queria continuar, que há amor que sobra pra vender e dar, que acabou sem ter levado tudo com ele ou com ela, quem terminou é o malvado, o personagem que da o desfecho a história. E entra orgulho naquela velha frase "eu deveria ter terminado, mas foi ele, cafajeste, deve amar outra, não amo mais ele a tempo, ai dele, ai dele". E não é que ainda ama? E ele também deve amar, se foi amor, ama, porque nada acaba quando a gente quer acabar, nada nasce quando deve nascer ou esquece quando tem que se esquecer, acontece quando é pra ser.. Na pratica é facil né? Mas quero ver mesmo colocar isso na minha mente, no meu corpo e no meu coração, quero ver palavras me fazendo entender que não vai voltar porque não era pra ser, não mais. Não é um texto de autoajuda e não é manual de como esquecer um ex, são coisas que a gente já sabia, la no fundo, mas lendo assim, da um incetivo pra tentar fazer, ou esquecer ou acontecer, a decisão é sua.

Quero fugir do clichê que nós encontramos, as mesmas falas, mesmas escolhas, as mesmas emoções... Inovar é mais difícil do que imaginei e descobri que não da pra viver uma coisa sempre, é piegas, é cansativo, não é, não anda. Dessa mesmice que nascem as incertezas, que nasce a perca de tempo, as más escolhas, é da mesma cara todo dia que eu enjoo, não é certo, mas simplesmente acontece. A vontade de mudar é chata, não só se muda, quer modificar o mundo a sua volta, quer ajudar e atrapalhar, quer ser e poder ser. Por isso que amores acabam. Perdeu a linha do raciocínio? Eu recapitulo, queremos novos sorrisos, novos beijos, novas caras, novos sentimentos e tudo novo de novo quando a mesmice traz a rotina, quando estar apaixonado é corriqueiro, perde a graça, perde o gosto, o frio na barriga, o medo, o encontro e o conhecer, então acaba. É que tudo na vida tem um principio e um fim. E quando acaba não se pode julgar falso ou amor de estação, julgue amor piegas ou nem julgue, as coisas são assim, mudam, morrem, nascem, param, voltam. Nada é certo, é incerto. O certo é quando se encontra o contrário, o certo é encontrar um amor que se reinvente a cada dia.

Tirei meu sapato de festa e o joguei no sofá pensando apenas na minha confortável cama. Festas me animam, estava em êxtase de felicidade. Olhei o celular, um conselho diário, nada nunca tinha me tocado, nada se encaixava, gostava de ler. O abri. “Eu ia sentir uma baita falta dele. Mas disse que não, eu disse depressa que não”. Desabei a chorar. Logo eu que tinha vindo tão sem nenhum sentimento de saudade, infelicidade ou amor, eu estava apenas vazia, a musica e as pessoas tinham me animado, agora eu estava sozinha e definitivamente não conseguia conter o choro. Não me contive. Não mesmo, de jeito e forma alguma. Mas que diabos fazia eu chorando em plena 4 da manhã? Quero dormir, quero esquecer, quero parar de chorar agora. Não me permito sentir nada, não me permito desabar, não me permito amar. Essa ultima palavra é a mais difícil de todas, não se permitir amar e como não se permitir acordar todos os dias, prender sentimentos, sem aprender que viver é arriscar sem saber se vai ser ou não ser, inventei amores que eu sempre soube que não dariam certo, pra que melhor que amar alguém sabendo que nunca ia ser viável? Isso, perfeito plano. Sem choro e sem vela. Sem sentimentos e mais uma vez sem o mais importante, amor. Me tornei uma pessoa fria, me tornei alguém que precisava de afeto e doçura pra poder aflorar outra vez, alguém que me faça acreditar que tudo pode dar certo mais uma vez, que decepções vão e vem... E sabe como tudo isso começou? Agora voltando ao conselho que me fez entrar em prantos, eu deixei alguém entrar no meu coração, deixei que alguém me fizesse acreditar. Acreditamos na verdade, é coisa conjunta, é a dois, nada sozinho, nunca solitário, partilhado, unido. Mas o amor que deixei entrar estava de partida, era amor de meia hora, amor as escondidas. Era um amar diferente, podia ter durado, podia ter ficado esquecido. Já foi amado uma vez e voltou a ser pra poder não ser. Foi confuso. Mas foi. E agora, me distraio, saio, desapego e não me espero mais. Espero você. Sempre vou esperar. Sentir falta e me perguntar porque a vida faz assim comigo.. E pra quem se perguntou o que a vida faz comigo eu respondo, a vida levou você, pra longe, levou de mim e não parece querer nunca mais devolver. Quero e preciso seguir em frente, me prometi, me jurei de joelhos, não sinto mais a sua falta. Mas eu sinto. Sinto falta da sua boca dizendo “Não quero mais perder tempo”. Ao menos nosso tempo não foi perdido, foi tempo curto, aí sim foi, mas fomos um tempo, pena que o tempo não para pra eu pedir pra você voltar. Mas ia adiantar? Minha avó sempre diz que ninguém vive a vida de um amor só. To tentando parar de chorar pra viver os outros meio amores, porque apesar dos pesares eu to sentindo mais falta da minha metade que você levou com você. 
Se passou tanto tempo que se desacostumou de ser feliz. Sem drama. Só que as coisas em que tinha passado vieram acumuladas, foi um grande peso, pra uma pequena pessoa. E pequenas pessoas não merecem grandes problemas, todo mundo tem a dor que pode aguentar, todo mundo tem amor quando sabe dar. Não posso defender todo o seu sofrimento na realidade, era uma fase dessas que passam junto com um mês ou dois. A palavra chave foi esquecer, superar e depois de nem lembrar mais das coisas que iam surgindo. Sem esperar. Não havia nada a ser esperado. Sem amor, nunca mais. Amor trouxe a dor, se lembrava sempre. Até que apareceu o inesperado, de surpresa, batendo a porta, uma porta que ainda havia receio a ser aberta, tão cedo. Mas era cedo? Nunca se é cedo pra poder ser feliz, pensara imediatamente. Mas um novo amor ia trazer mais felicidade? Ou mais dor? Ninguém é feito pra aguentar tanta coisa de uma vez só, mas as pessoas sempre diziam a ela "- tire a tristeza dessa cara, vá amar de novo, viver de novo, vá atrás de sua felicidade". Não me davam a direção pra onde ir, não me davam a chance de tentar descobrir sabendo se ia me machucar, o que sobrara? Arriscar. Abri a porta e o amor entrou de novo. Sorrio pras paredes agora, tempo indeterminado talvez, mas a tal de felicidade, parecia indeterminada outra vez.
Aprendi a viver o hoje
Por que não sei do amanhã
Aprendi a conjugar o nosso verbo
Aprendi que o passado volta
Por que passado é presente
E nosso presente vai ser futuro
Aprendi com meu erro depois de querer só ter acertado
Aprendi com as incertezas que o tempo nunca há de mudar
O tempo que não volta
Nem para
Nem se perde
Mas há um recado
Faça
Faça hoje
E se der
Faça amanhã
Faça no passado, presente e no futuro
E se fizer e arrepender
Esqueça
É o significado da vida
Move on
Mude
Melhore
Seja quem quiser
Quem não quiser
Só não deixe o tempo escapar
E depois não queira voltar atrás
Porque o atrás já não vai existir mais.


"Sinto sua falta" disse ela no encontro de 15 segundos que tivemos na avenida paulista pela manhã. Quinze segundos pra olhar seus olhos e perceber que ainda tem o mesmo brilho, pra olhar pro seu sorriso e perceber que ainda existe aquele riso maldoso. Você não mudou nada sem mim. E eu sou um nada sem você. Cinco segundos se passaram até que você virasse as costas e eu já queria ir atrás de você pra gritar só mais uma vez, que sinto a tua falta a cada vez que levanto de manhã checo o horário pra poder ir trabalhar e não tem uma mensagem de bom dia com todo seu afeto e nem é disso que eu mais sinto falta, isso não é um terço do que eu me pego lembrando.. Foi longo, não foram meses. Foram anos, completamente dedicados a você. Foram anos sendo você meu único doença, meu unico remedio e minha unica alegria. Tudo dependia do seu amor. Tu era meu. Parece aqueles contos convencionais de amor em que depois de anos são separados pelo tempo, mas na verdade, queria eu que fosse o tempo. Ele continua batendo, correndo e as vezes me atrasando. Mas não foi ele. Fomos nós dois. A gente se afastou por sonegar amor, a gente se afastou por não saber lidar com os erros um do outro, a gente se afastou porque descobriu que não era perfeito, a gente era a gente e agora não é ninguém.
Deixa eu ir
E se tiver de ser
Vai ser
Pode ser clichê
Pode ser
Pode não ser
Mas
Com você
Eu deixo de ir
Arrisco
Te risco
Nós risco
Mudo a ideia
Volto ate atras
Só não posso te perder
e me perder
Incostante
Nesse instante
E de novo.


Confissões de Caroline

Querido diário, 14 de novembro.


"Me sinto enjoada. E não estou gravida. 0 possibilidades. E que andei tentando entender o que ando vivendo, pela primeira vez tirei as coisas do papel, e foi tudo além, nada é igual, a realidade muda os fatos, as expectativas, muda a sina, o ritmo. Estou diferente. Tudo de repente mudou e só não consigo me decidir se isso é bom ou ruim, decisão deveria ser uma palavra cortada do meu dicionário, de nada sei, de nada faço, de nada vivo. Virei um nada empurrando as coisas, com tantos não sei decidi incrementar uma nova palavra, um sim (?) Um sim que me levou a situação estonteante de agora, um lugar que me deixa presa, uma situação que me faz sentir vontade de enfiar a cabeça nas plumas do travesseiro e gritar o mais alto que minha voz aguentar, tudo saiu dos planos.
E desisto e insisto no amor. Peço e retiro o pedido. Acredito e depois perco a fé. O que acontece com as certezas? E as incertezas? Fica tudo indo e voltando, tão antônimo e sinônimo. Mas se nada disso é amor, o que mais pode ser? É o fim. Sinto como se fosse vomitar qualquer dessas incertezas a qualquer momento, isso não faz bem, nem faz mal. Só não faz. Só não sou. Onde encerro as cenas desse filme que esta num close pro fim? Um inicio de tempos perdurando, que foi indo, indo, indo.. e se esvaiu. Falta um close pro fim e eu odeio despedidas e odeio o fato de que acabe aqui. Deixe minhas incertezas aqui, deixe me ir. Sou confusa, por inicio, meio e fim."
Eu sei que você sabe
Já que a vida quis assim
Só me pergunto o que é a vida
Pra decidir por mim
Eu sei que você sabe
Que eu não quero assim
Eu sei que você sabe
Que nada para
Pra se resolver
Eu sei que você sabe
Que amor não é assim
Uma hora tudo é bom
Outrora tudo ruim
Eu sei que você sabe
Que eu não sei te dizer
Que tudo que eu sinto vai embora
com você
...
por mim
por ti
por..



Para e olha pra mim
Para e deixa pra lá
Deixa eu entrar em você por algum olhar
Deixa eu gostar de você
Teus medos posso curar
Deixa eu levar tua vida pra outro lugar
Para e olha pra mim
Vê que já basta olhar
(...)
(Mallu)
Ouço a chuva bater do cais ao telhado, tão clichê. Me sinto segura com o embalar da chuva, com as gotas que escorrem minha janela, com os trovões que fazem o som. Me sinto igual. Por dentro. Me sinto chorosa, por não saber o que pode acontecer, não deixo nada a merce do destino, nem deixaria se você não tivesse entrado na minha vida... Tens meu coração. mesmo que aflito e manso.. é tão meu, tão intenso.. Me diz o que você vai fazer de nós dois? Me diz de onde você vai tirar a coragem de novo, o tempo não é mais um inimigo, ah, já lhe passou tanto, já me teve em suas mãos.. Só faz agora. Só me  leva, no embalar do teu mar, me sinto a coisa mais segura, no embalar.. do mar, do olhar, do seu.. Sinto chover e molhar aqui, dentro, do peito fundo e deixo escorrer. Só peço ao céu cor de chumbo que me traga bons ventos e de repente a janela sopra forte. Tudo ao pé da letra. Eu e a mania de acreditar em destino. Só promete que você vai ter coragem pra não deixar tudo terminar assim, do mesmo jeito que a gente começou..

"Em frente ou enfrente. Você me entende?"

Perdi a conta de quantas vezes eu errei. Não que seja errado. Não que seja impossível  Só é um número muito grande, uma conta que não bate. Esperei errando. Nunca tentar, esse era o lema. Mas que diabos de lema que alguém leva com você é esse? Não importa o que venha agora, quanto machuque ou dure, que só seja feito. Nada saiu do papel. Nada sai dessas linhas. É um vazio. Não conseguir começar, nem terminar. É  um circulo de coisas não feitas, de medo... é um circulo que só precisa de você. Já não me importa o tempo, nem quando e como vai ser, me importa que você esteja aqui, que se fale o que for pra ser falado, que se sinta o que for pra ser sentido, que seja ao menos verdadeiro. E depois pode partir, só deixe todos os meus pedaços comigo. Não leve nenhum. Não me deixe depois querendo busca-los. Nada mais poderá me prender a você, a história só vai se repetir. Só vou te amar mais uma vez.

E se eu não quiser mais seguir em frente
Onde que vou ficar
Na esquina 
Em uma rua
Onde você o deixou?
Deixou tanto amor
Esvaziou?
Acabou?
Guardou?
Pra te dizer tudo que sei
Ou que sinto
Posso esperar mil anos
Anos que não passam
Não adianta
Nada sai
Nada entra
E continuo perdida
Já disse de uma vez
Não canso de repetir
E pedir
Me diz
Se vou
Se fico
Não sei 
E só não sei
De nada
Do seu nada
Do meu nada
O que seria tudo?
Pega tuas malas e siga
Siga pra longe
Longe de tudo
Menos de mim
Não me deixe aquietar
Tanto amor
Dentro de um só peito
Vamos compartilhar
Partilhar o amor
Em dois
Em mil se possível
Só ter já basta
Te ter
Ter você
Não fica longe
Não fica perto
Só fica.

Essa vida me deixou de presente coisas demais pra sustentar, um baú lotado de rancor e desamores e dois ombros que conseguiriam carregam o mundo, ou pensam, já que seria fácil que se resolvesse assim, meus problemas seriam compartilhados, divididos, equilibrados. Mas nisso que dá querer saber como está cada um que já passou por essa vida, isso que dá esperar o melhor sem puder evitar que nada chegue no lugar. Mas qual era a graça se tudo fosse assim, desse jeito? Com quem eu ia aprender a entender, que nem todo mundo é igual a você? Tem que se saber dividir, tem que compartilhar, conversar, dizer o que sente. Porque a gente acumula sentimentos, acumula problemas, acumula tristeza.. só não acumula amor, pois não sobra, amor se tem pouco, quando se deveria ter muito. Falta-se amor.
Pedi em todos os tons, nas horas iguais, nos pensamentos e no coração, pedi alguém com quem dividir, pedi só por você, sem ao menos saber, quem ia ser, desejei que fosse... você. E esqueci de que o amor também encontra, mais que procura. Esbarrei com o amor nesses dias que parecem cinzas, todos, que não te tinham. Me colocou um sorriso no rosto como quem não queria nada e acabou por ter mais que o sorriso.. tem minhas mãos entrelaçadas nas suas, por falar em entrelaçar você que apareceu do nada e foi tomando espaço, criando um laço.. E se ele perdurar? A quem vou agradecer? Algo tinha que dar certo e só peço que seja você, mas se não for, ah, é só mais um pra rasgar o retrato e dizer que não lembro, que não choro e que já esqueci. Mas passa viu, porque tudo passa, principalmente as decepções, essas que eu coleciono, se quiser eu me desfaço delas e refaço com você. É inevitável se decepcionar, me acostumei. Um dia acontece que você esquece tudo que irritava você e diz que tudo bem, pode se equivocar mesmo com a melhor parte de você, ninguém agrada a toda hora, é difícil de entender? É proibido que se erre? Que se for, amor, vou me corrigir, vivo errando, troco viver por existir.
Não esqueço você. Isso me tira o sono, me tira dos eixos, do caminho, me tira de mim e me poe em você. Esse passado, essa tecla que me canso de bater, me peço, me imploro, inova. E vem essa onda de lembrança e me traz pra perto de você, mesmo que eu diga sim não. Me engano que não quero, que não posso.. Mas se não quisesse esquecia, se não quisesse traria pra mim novas lembranças, novos cheiros, novos sorrisos e novos amores. O que falta pra seguir em frente? O que falta pra parar de escrever sobre voltar pra você? Falta admitir que nosso passado ainda vai ser futuro, futuro meu, futuro seu, futuro nosso..


Me disseram que se preocupar demais não da em nada, que tudo passa deveras rápido e tens que aproveitar. Retruco indignada, se for pra tentar, tens que tentar com a certeza que ninguém ira se machucar. Balbucias engraçadas dizem o contrário, se for pra arriscar, que machuque o necessário. E nessa discussão fui perdendo argumentos, só sabia perguntar sobre arrependimento. Alguns goles do liquido sobre a mesa e o falatório tornou a voltar, me perguntaram agora se eu sabia amar. Disse que pra responder se precisa pensar, pensar em tudo antes ajuda a não errar. Um individuo já tranco das duas pernas resumiu toda a conversa, amor não é nada pra quem não sabe amar, tentar é a única coisa que lhe faz conseguir, se machucar? Nunca vai saber se não tentar. Você tem uma vida inteira pra procurar, pra errar e se arrepender, pensar não ajuda a fazer.


E se tudo tivesse sido diferente? E se você cruzasse o meu caminho mais tarde? Sem todas as complicações, sem os afagos, as esperanças. Se só cruzasse. Aparece. Pra mim e só.. só me pego imaginando, o que daríamos ou o que seriamos. Seriamos nada. Daríamos menos ainda. Não fomos feitos pra ficar juntos, não fomos feitos pra durar e simplesmente não fomos. E onde fica a parte difícil de aceitar que não deu certo? Que não foi e nem será. Fica aqui, comigo, que te quis, que te sonhei, que te completei sem ao menos você saber. E agora, não me magoei, não tentei, ótimos planos, ótima tática  mas.. O que eu ganhei com isso tudo? Desejo, sonho. Nada saiu do papel, nada saiu da minha mente, foi um nada e ponto. Podia ter sido algo ou até mesmo tudo, mas quem recolheria os pedaços de um coração partido? Assim que o amor entrou no meio e o meio virou amor, desapareceu o meu eu inteiro.

A única coisa que eu conseguia enxergar de cima daquele telhado escuro era você, a unica coisa que eu via e a unica que eu queria ver.. Era um breu sem fim, seu silêncio, aconchegava o ambiente. Duas mãos entrelaçadas, dois sorrisos maliciosos que pareciam querer dizer algo, mas não diziam nada. Eu queria você. Você me queria. Podíamos? Não. Nunca. Jamais. Dois olhares que viviam se encontrando, dois corações que mentiam estar se amando. Eram da mesma laia. Perfeitos um pro outro. Mas eles já tinha um outro, e não eram nenhum dos dois. Se comportavam como casais, eram espertos, queriam diversão. E o amor virou    brincadeira, virou malicia, virou curtição.. Ninguém mais ama, se é que ja amou. Ninguém mais cuida. Ninguém pertence a ninguém. E ninguém mais... liga.
Como se nosso orgulho não fosse o suficiente, nós deram um encontro, mais uma despedida, mais um adeus.. Se você vai, por que insiste em ficar aqui? Senti o teu toque desejando mais, senti a minha pele responder que sim.. Mas onde fica o coração nessa história? E as indas e vindas? To exausta que ninguém fique, aqui, comigo. To exausta de pedir que tudo dê certo mesmo tudo dando errado. Fiquei cansada da mesma história, sem pé nem cabeça, nunca começa, nunca termina. E de tudo isso, não esqueço, você, que seja. E palavras tortas, erradas, envergonhadas e orgulhosas conseguiriam te descrever mais que um texto inteiro. Por que não sabe me dizer, se ficou ou se vou? Já que sei que você vai e não volta mais..

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