Repara bem no que não digo..

Sabe, nem sempre digo a verdade.
Talvez por que seja densa demais
E não cabe entre a delicadeza
De palavras que querem agradar.
Talvez, o problema esteja aí
A mentira é leve e flutua
Dentre os diálogos imaginários
Onde a gente finge que não sente
Mas sente tanto
Que parece não sentir
Quando entristece
E faz da tristeza
Uma pena
É uma pena que eu sinta
Uma pena que você não veja
É, pena.
E quando ouço gritos
Logo quero ajudar
E quando grito
É com pesar
Que o silêncio ecoa no lugar.
Sou leve
Pra diminuir a densidade das pessoas
Ao redor
Ao se sentirem só
Estou sempre pra ajudar
E quando caio
Falho
Saio
Paro
Quem fica a observar?
Vazio.
A verdade da solidão
É pena.
No ar.

Escuridão.

A luz se apaga
E eu fico assim
Mais próxima de mim

A luz se vai
E eu consigo ver
O choro preso
E o riso que não se viu

A luz desaparece
E a gente esquece que o dia vem
Eu e você mais perto
Rosto contra rosto
Respirando em mim.

A luz some
E a saudade esconde-se embaixo do travesseiro
E não que ir
Me faz recostar a cabeça sobre lembranças

A luz escureceu
E o som se resumiu a silêncio
O caos da cidade é calmaria
E os pensamentos, tempestade.

A luz sou eu
Porque na escuridão
Nada mais que a sombra de quem sou
Pra nortear.


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