E quem disse que o mundo é mundo?

Quando alguém se vai como que faz pra ficar? Como lidar com saudade, lembrança e melancolia?
Perguntas incoerentes em momentos que a única coisa que queria era um ombro encostado no seu.
Ou uma conversa em que diríamos como nos sentíamos em relação aos amores que a vida leva e traz.
Era que o tempo se atrasasse e demorasse de passar, como nos dias cinzas de domingo, agora, mais cinzas sem tua presença.

A ausência de qualquer coisa doí, cria morada - e feridas, pro resto da vida. E ninguém aguenta a dor. Fugimos, nós escondemos, calados. Esquecemos de gritar ao mundo que faz falta ser, e ser a falta de alguém. Desacredito que ainda podemos amar uns aos outros sem quebrar a cara.

Calamos, orgulhosos. Perdemos, chorosos. Sentimos, mudos.

É só a tua falta e a falta de humanidade que eu ando reclamando, a falta das coisas que nem existem mais, a canção de ninar que não cantam pra que eu adormeça ou alguém disposto a ouvir sobre todas as opiniões erradas que o mundo descarrega sobre a gente, que cada dia mais, é menos gente e mais saudade.

Um tempo atrás..

Tive vontade de colocar pra fora todas as coisas que sempre quis ter dito, de chorar por todas as frustrações acumuladas, de trocar de corte, jeito, nome. Tive vontade de acordar naqueles dias que a gente pode ficar o dia todo sem fazer nada, pode se sentir sozinho, triste e deprimido e parar a vida por isso, mas hoje eu não podia, era meio de semana e minha vida continuava, corria, em uma velocidade que eu mal podia acompanhar. E nem pararia pra que eu me recompusesse. Tive a vontade de acordar naqueles dias que a gente não sabe o que é, o que quer, o que tem. De ter 6 anos de novo e poder chorar no colo de quem me quer bem. De tarefas de pintar, colar, rabiscar. Acordei mordida de saudades, de angustia, de ressentimento. Acordei adulta, mesmo que tivesse ido dormir com todos os sonhos de uma criança.

Amor incondicional.

Não era um dia como todos os outros. Era seu dia, é tudo que tem você é mais lindo, puro, cheio de amor. Eu sei que você sabe, que a vida escolheu você pra mim, sorte minha. Sorrio quando sei que tenho colo, abraço e conselhos pra receber quando preciso, teu afeto cura minha dor. Escrever, que era tão facil, se torna mais dificil quando o tema é sobre alguém que é tudo, as palavras não saem com facilidade, tem que ser escolhidas, lapidadas. Sou o que você me ensinou, o que você me explicou, aconselhou, amou. Sou você. E isso é a melhor parte de mim. Me espelho na sua batalha e tomo um pouco dela pra mim também. Seria até tolice dizer que daria minha vida por você, pois você já é ela, meu motivo de acordar de manhã cedo, meu motivo de força e garra, pra ir além, onde você quer que eu chegue. Obrigada, pelo simples fato de exitir, só isso faz meu dia bem mais feliz. E por falar em felicidade, feliz dia do amor, da paz, do conforto, do porto seguro e da melhor coisa desse mundo, feliz dia das mães.

Opostos não atraídos.

Me permita que eu grite quando achar que devo ou que eu faça bagunça, barulho, confusão. Que eu chore, me arrependa e aprenda, me permita dizer o que sinto, o que sou, o que quero fazer e ser.
Me permita ser diferente de você. E ao me permitir, permita-se ser uma pessoa diferente. Chore, grite e se arrependa. Não seja um fantoche, modelo perfeito, seja você, uma vez na vida pelo amor de deus.
Qual o mal de querer ser quem a gente é?
Eu, que persisto sem fé nenhuma, esse é o meu mal, eu, que nem sei quem você é, essa mascara grudada a cara ou a fragilidade que fica atrás dela. E sinceramente? Desisto, desisti de insistir em conhecer você. Deixo esse enigma pra outro, devorada, exausta, magoada. Aliás, foram poucas as vezes em que você não me deixava assim, e pelo descaso, ao acaso achei que você só não soubesse o que era amar, não sabia ser amado, tinha medo, era inseguro. Inventei um milhão de desculpas pra persistir.
A gente desperta, sempre, dos sonhos mais loucos, das ilusões mais profundas. Desperta porque tem que ser, desperta porque o velho "não vale a pena.." mesmo parecendo pequeno, pesa muito. 
Queria poder passar uma borracha, esquecer é sempre o melhor remédio. Não tenho lembranças para serem remoídas nem sentimentos para serem devorados. Tenho um punhado de arrependimento, em tentar te entender, quando nem você se entende.

"Ele técnica, eu metáfora. Ele números, eu palavras. Ele fúria, eu sossego. Ele pedra, eu apego."


Não são muitas as coisas que sei fazer bem
Ou sentir bem
Gosto de olhos nos olhos
Sentimentos estampados
Gosto da realidade atrelada ao sonho
De romantismo barato e de buques de flores
Gosto do cheiro de um perfume forte que gruda na minha roupa
E de mãos com aperto forte
Gosto de falar sobre morte e o medo que ela me causa
E de falar do que ainda não fiz por falta de coragem
Gosto de filmes antigos e de seriados policiais
E de pensar que poderia assisti-los com você do meu lado
Gosto de simplicidade e de conversas francas
De conselhos que sigo e de conselhos que dou
Te lembro, te gosto, e só.
E tenho tido mais desgosto que as coisas que gosto
Talvez eu só esteja amando as pessoas erradas
E acreditando nos discursos errados
E amando por uma razão mais errada ainda,
Esquecer você.

Diálogos aleatórios.

Tarde fria. Chato pra escolher roupa, chato pra sair de casa e chato pra esperar, praça com céu aberto, pingos de chuva molhando sem parar o cabelo que antes estava seco. Barulhinho de ansiedade. Estomago revirando.
- Oi! - disse todo engraçadinho.
- Ei.. achei que não vinha. rs
- Não gosto de deixar ninguém esperando, foi mal.
- Acho que posso te perdoar, haha.
Só perdoei porque o pedido de desculpas veio acompanhado de beijo na testa.
- Er, não sei bem o que começar falando com você. - A timidez viraria um charme.
- Pela internet é mais fácil ter assunto..
- Não tem a mesma graça.
-Uhum.
Silêncio constrangedor. Por um momento desejei estar em casa e nunca ter estado ali.
- Você tem medo de morrer? - ele perguntou baixinho..
- Oi?
- É, medo de morrer..
- Eu não penso muito sobre isso já que é a ordem natural das coisas. Você tem?
- Tenho medo de não viver.
- Você já vive não?
Me arrependi profundamente de ter falado isso em voz alta.
- É que sei lá, a gente podia durar pra sempre..
- O infinito é meio questionável.
Silêncio outra vez. Um silêncio que pareceu durar séculos.
- Leio as vezes o que você escreve. - me atrevi a quebrar o silêncio.
- Me envergonho.
- Você só é meio meloso, romântico demais pro meu gosto.
- A graça das coisas está ai. Sem amor as pessoas não são nada.
- Amor traz problemas. Na verdade, nem acredito que exista.
- Pois bem, parece que temos uma cética aqui. haha
- Não sou cética... Mas amor é um problema, machuca.
- As pessoas criam os problemas, não o amor.
- Er, se ele existisse.
- Ele existe vai. - fez uma carinha de anjinho tentando me convencer.
- Só nos contos de fadas.
- Vou escrever um, vou te fazer a personagem principal.
- Por favor, deixe a princesa salvar o príncipe dessa vez.
- Se eu assim fizer, você acredita em amor?
- Quem sabe?
E nós beijamos. Porque nada melhor que um clichê para combater outro.





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