Home sweet home..

Coloquei os pés descalços em cima do para-brisa, recostei as costas no banco que naquele momento me parecia mais que confortável e me aquietei pra te olhar, eu posso jurar, com todas as palavras que eu sei, eu não desejaria fazer nada além daquilo por horas. Eu poderia passar o resto dos 364 dias do ano ali, fitando você me encarar, dizendo que eu não consigo olhar no seus olhos sem ser pra checar se as suas pupilas ainda ficam enormes quando eu me reluzo, pequenininha, nelas. Você sabe né? A história das pupilas enormes que eu li em algum lugar na internet, elas demonstram que você ama a pessoa que seu olhar esta preso. Isso não é tao poético? Logo eu que gosto demais de falar, de deixar tudo nas claras, aprendi - finalmente - a reparar em algo tão simplório. E eu amo observar como elas quase acabam com o marrom escuro dos seus olhos. Esbugalhados. Eles quase sorriem pra mim. Eu só não consigo encarar muito tempo, eu sei lá, é meu. Depois de checar que seus olhos são mesmo a janela pra que eu pule direto pros seus sentimentos, eu me contento só em olhar pra baixo e ficar sorrindo que nem uma boba pra você achar meu sorriso bonito e pensar "meu deus, ela é tão espontânea". Isso funcionaria, claro, com um "qualquer um", mas você me conhece tanto, que até perde um pouco o sentido. Me passo de boba. O vidro embaçado mostra que realmente fazem poucos graus lá fora, eu com meu pijama de flanela vermelho, apenas agradeço pelo lugar que estou e fico pensando nas pessoas que não tem alguém que simplesmente queira ficar encarando-a feito uma boba, dar-lhe um ar quente dentro de um carro pequeno e melhor, faça-a sentir segura, tudo isso em pleno 1 de janeiro. Isso não lhe diz nada? Não te parece dizer em alto e bom som um "vim transformar sua tempestade em calmaria"? Fiz o que qualquer ser normal faria com janelas embaçadas: escrevi. Primeiro um eu te amo. Ele riu. O sorriso dele respondia mais que as 3 palavras que eu tinha escrito. Risquei o amo e substitui por odeio e acrescentei um nome qualquer, de alguém que eu tenho muito ciúmes, ganhei um beijinho calmo, acho que dizia alguma coisa, mas eu só conseguia pensar que amava aquilo. Coloquei a minha música favorita no celular, tinha chorado ouvindo ela alguns minutos antes de entrar no carro, era exatamente meu choro que tinha me levado a estar ali, em pleno ano novo. Me sentir segura, ter a certeza que mesmo que eu estivesse com a maquiagem borrada, pijama e cabelo marcado de uma trança recém tirada, você estaria ali. E não é que você estava? Te disse que era definitivamente melhor ouvir a musica envolvida em um abraço (que eu moraria dentro), que sozinha em um chuveiro quente e banheiro sem luz. Acho que o fato de você ter tentado tirar milhões de fotos do que eu escrevi a seguir, mostrem que você realmente gostou. Sim. Eu me apaixono por você todos os dias. E a culpa é inteiramente sua. Já pedi em alguns desejos da meia noite de uma virada, pra poder apagar algumas coisas que vivencie na vida. Como me arrependeria se caso alguma dessas coisas mudasse seu caminho até a mim. Nesse pedido de meia noite, eu só pedi pra continuar exatamente do jeito que estava. Isso deve ser sinal que as coisas estão do jeito que tem que estar. Tem que ser. É um sinal. É tão simples. Lar é onde o coração está. Estou morando em você e é o melhor lugar em que eu já fui acolhida. Ano novo? eu só quero você por todo ele.

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